quinta-feira, 22 de maio de 2014

Bubuzando

Incontáveis pedaços de mim. Um pouco de cola. Um pedaço de muitos pedaços. E, de repente, tudo se desfaz. E se refaz. Porque eu não sou pronto, não estou pronto, nunca fui pronto.
Sempre entendi a vida como: vivendo e desaprendendo. Os valores mudam. A personalidade muda. O vigor. Não nascem de novo, apenas mudam. E mudam desmudando. Desaprendendo. Desaprende-se o que se aprendeu pra aprender tudo de novo. Tudo desmuda e desaprende para depois mudar e aprender. De novo. O tempo se encarrega disso e de todas as outras mudanças necessárias ou não. Até as mudanças mudam. Porque a vida é um tapa na cara. Ou vários.
A ideia de um blog existe desde sempre. Ideia dos outros, não minha. Quero dizer, isso, agora, também mudou. A ideia, outrora não minha, agora o é.

 - Bubu, escreva um blog. Publique você, bota tudo isso pra fora.
 - Não posso botar pra fora o desconhecido que mora dentro. Vai que é um monstro...

 - Monstro surpresa? Vindo de você, a curiosidade aumenta. Estou ansioso pra conhecer esse monstro de letrinhas. Faça um blog!
Diálogos parecidos com esse, de quando em vez, surgiram. E eu nunca soube ou saberei, mas sempre me perguntei, o porquê de essas pessoas imaginarem que um blog meu pudesse ser interessante ou sequer legal. Que loucura! Mais loucura do que as minhas loucuras.

O blog, enfim, cá está.
Entendo isso como um rascunho. Entenda-se isso como um rascunho. Se a viagem é marítima, ninguém pesca com arpão e se o dia de pesca é na lagoa, não se usa um navio. Tudo isso só pra explicar que não há padronização. Não há sumário. Não há (ou pode não haver) conexão. Porque a vida é isso, não? Indo e vindo, correndo e parando, caindo e erguendo-se um titã (ou um mero ratinho). Neste blog eu vou escrevendo, meditando, tagarelando, implementando. Vou bubuzando.
E voando. E indo de um mundo ao outro. Campos da imaginação. Fertilidade que sou.

Ganas de liberdade.
Então:
Que abram-se as cortinas!

Digo, a torneira.

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